domingo, 28 de março de 2010

diversidade sempre


Diversidade Sempre


Foto: Rodrigo Erib









Valorizar diferentes raças e gêneros e pessoas com deficiência é trabalho para todo dia. Materiais adequados são um bom aliado nessa tarefa.
Ana Rita Martins
Revista Nova Escola - 01/01/2009

Preconceitos, rótulos, discriminação. É inevitável: desde muito cedo, os pequenos entram em contato com esses discursos negativos. Para que eles saibam lidar com a diferença com sensibilidade e equilíbrio, é preciso que tenham familiaridade com a diversidade – e não apenas em projetos com duração definida ou em datas comemorativas, como ainda é habitual em vários lugares. Outra recomendação importante é que a questão não seja tratada como um conteúdo específico (o que invalida propostas do tipo “bom, turminha, agora vamos todos entender por que é importante respeitar as diferenças”).

Melhor que isso é abordar o tema de jeito natural, inserindo-o em práticas diárias, como brincadeiras, leitura e música (leia o projeto institucional na página seguinte). “O convívio cotidiano é a forma mais eficaz de trabalhar comportamentos e atitudes”, diz Daniela Alonso, psicopedagoga e selecionadora do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10.

Para conseguir isso, uma providência essencial é adquirir materiais didáticos que valorizem as diferentes raças, pessoas com deficiências físicas e mental e mostrem meninos e meninas em posição de igualdade. Ao comprar instrumentos musicais, contemple os de diversas culturas. No caso de brinquedos como bonecas, já existem lojas que se preocupam especialmente em privilegiar a diversidade. A compra de livros pode ser mais difícil: uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas que analisou 33 obras de Língua Portuguesa só encontrou duas meninas não brancas nas ilustrações. Entretanto, a busca criteriosa e a leitura prévia costumam resolver o problema. Se a turma já estiver em fase de alfabetização, o Guia Nacional de Livros Didáticos, do Ministério da Educação, é a melhor referência – ele garante que as obras recomendadas não contêm situações de discriminação. Não se pode esquecer que os pequenos aprendem com o exemplo dos adultos. Pensando nisso, a direção da EMEI Aricanduva, em São Paulo, capacitou a equipe para lidar com a diversidade. Antes, só algumas professoras trabalhavam a questão, por meio de projetos específicos. Hoje a diversidade é contemplada em todo o currículo. “Um resultado prático é que, agora, crianças negras que se retratavam como brancas nos desenhos passaram a usar lápis marrom e preto”, comemora a coordenadora Cleide Andrade Silva.

Quer saber mais?
Contatos:
EMEI Aricanduva, Av. Olga Fadel Abarca, 21.500, 03572-020, São Paulo, SP, tel. (11) 2723-7527 Lucimar Rosa Dias, lucimarceert@uol.com.br

Bibliografia
Trabalhando a Diferença na Educação Infantil, Valter Roberto Silvério, 127 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-17-2002, 25,50 reais

Internet Guias de Livros Didáticos PNLD 2008 do Ministério da Educação

PROJETO INSTITUCIONAL - Diversidade no dia-a-dia

Objetivos
• Trabalhar a questão da diversidade diariamente em sala de aula.
• Construir identidades raciais e de gênero positivas.
• Estimular o respeito às diferenças.
Anos: Pré-escola.

Tempo estimado: O ano todo.
Material necessário: Livros, CDs, DVDs, brinquedos e instrumentos musicais.

Desenvolvimento
• 1ª etapa
No momento da aquisição de materiais didáticos para a turma, selecione itens levando em conta se eles promovem a igualdade entre negros e brancos, homens e mulheres, pessoas com deficiência e grupos de diferentes culturas.

• 2ª etapa
Para que a postura em casa ajude a iniciativa na escola, envolva os pais no trabalho. Organize uma reunião com eles para explicar a importância de abordar a diversidade no dia-a-dia. Estimule que cada um faça um exame crítico de seu próprio comportamento, refletindo sobre como isso influencia os pequenos.

• 3ª etapa
No convívio com as crianças, ao notar manifestações de preconceito, intervenha mostrando a importância do respeito às diferenças e da autoaceitação. Uma boa estratégia é apoiar-se nos exemplos trazidos pelo material selecionado.

Avaliação
No diário de classe, crie um espaço para o registro do comportamento em relação às questões de raça, gênero e deficiência. Considere também a produção da turma (desenhos, cartazes etc.) para identificar os que precisam de apoio para aceitar sua identidade e a dos colegas.

Consultoria:
Lucimar Rosa Dias, pesquisadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, em São Paulo.


educação infantil
Diversidade sempre
Valorizar diferentes raças e gêneros e pessoas com deficiência é trabalho para todo dia. Materiais adequados são um bom aliado nessa tarefa
- A A +Ana Rita Martins
Revista Nova Escola - 01/01/2009
Preconceitos, rótulos, discriminação. É inevitável: desde muito cedo, os pequenos entram em contato com esses discursos negativos. Para que eles saibam lidar com a diferença com sensibilidade e equilíbrio, é preciso que tenham familiaridade com a diversidade – e não apenas em projetos com duração definida ou em datas comemorativas, como ainda é habitual em vários lugares. Outra recomendação importante é que a questão não seja tratada como um conteúdo específico (o que invalida propostas do tipo “bom, turminha, agora vamos todos entender por que é importante respeitar as diferenças”).

Melhor que isso é abordar o tema de jeito natural, inserindo-o em práticas diárias, como brincadeiras, leitura e música (leia o projeto institucional na página seguinte). “O convívio cotidiano é a forma mais eficaz de trabalhar comportamentos e atitudes”, diz Daniela Alonso, psicopedagoga e selecionadora do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10.

Para conseguir isso, uma providência essencial é adquirir materiais didáticos que valorizem as diferentes raças, pessoas com deficiências físicas e mental e mostrem meninos e meninas em posição de igualdade. Ao comprar instrumentos musicais, contemple os de diversas culturas. No caso de brinquedos como bonecas, já existem lojas que se preocupam especialmente em privilegiar a diversidade. A compra de livros pode ser mais difícil: uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas que analisou 33 obras de Língua Portuguesa só encontrou duas meninas não brancas nas ilustrações. Entretanto, a busca criteriosa e a leitura prévia costumam resolver o problema. Se a turma já estiver em fase de alfabetização, o Guia Nacional de Livros Didáticos, do Ministério da Educação, é a melhor referência – ele garante que as obras recomendadas não contêm situações de discriminação. Não se pode esquecer que os pequenos aprendem com o exemplo dos adultos. Pensando nisso, a direção da EMEI Aricanduva, em São Paulo, capacitou a equipe para lidar com a diversidade. Antes, só algumas professoras trabalhavam a questão, por meio de projetos específicos. Hoje a diversidade é contemplada em todo o currículo. “Um resultado prático é que, agora, crianças negras que se retratavam como brancas nos desenhos passaram a usar lápis marrom e preto”, comemora a coordenadora Cleide Andrade Silva.

Quer saber mais?
Contatos:
EMEI Aricanduva, Av. Olga Fadel Abarca, 21.500, 03572-020, São Paulo, SP, tel. (11) 2723-7527 Lucimar Rosa Dias, lucimarceert@uol.com.br

Bibliografia
Trabalhando a Diferença na Educação Infantil, Valter Roberto Silvério, 127 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-17-2002, 25,50 reais

Internet Guias de Livros Didáticos PNLD 2008 do Ministério da Educação

PROJETO INSTITUCIONAL - Diversidade no dia-a-dia

Objetivos
• Trabalhar a questão da diversidade diariamente em sala de aula.
• Construir identidades raciais e de gênero positivas.
• Estimular o respeito às diferenças.
Anos: Pré-escola.

Tempo estimado: O ano todo.
Material necessário: Livros, CDs, DVDs, brinquedos e instrumentos musicais.

Desenvolvimento
• 1ª etapa
No momento da aquisição de materiais didáticos para a turma, selecione itens levando em conta se eles promovem a igualdade entre negros e brancos, homens e mulheres, pessoas com deficiência e grupos de diferentes culturas.

• 2ª etapa
Para que a postura em casa ajude a iniciativa na escola, envolva os pais no trabalho. Organize uma reunião com eles para explicar a importância de abordar a diversidade no dia-a-dia. Estimule que cada um faça um exame crítico de seu próprio comportamento, refletindo sobre como isso influencia os pequenos.

• 3ª etapa
No convívio com as crianças, ao notar manifestações de preconceito, intervenha mostrando a importância do respeito às diferenças e da autoaceitação. Uma boa estratégia é apoiar-se nos exemplos trazidos pelo material selecionado.

Avaliação
No diário de classe, crie um espaço para o registro do comportamento em relação às questões de raça, gênero e deficiência. Considere também a produção da turma (desenhos, cartazes etc.) para identificar os que precisam de apoio para aceitar sua identidade e a dos colegas.

Consultoria:
Lucimar Rosa Dias, pesquisadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, em São Paulo.

Preconceitos, rótulos, discriminação. É inevitável: desde muito cedo, os pequenos entram em contato com esses discursos negativos. Para que eles saibam lidar com a diferença com sensibilidade e equilíbrio, é preciso que tenham familiaridade com a diversidade – e não apenas em projetos com duração definida ou em datas comemorativas, como ainda é habitual em vários lugares. Outra recomendação importante é que a questão não seja tratada como um conteúdo específico (o que invalida propostas do tipo “bom, turminha, agora vamos todos entender por que é importante respeitar as diferenças”).

Melhor que isso é abordar o tema de jeito natural, inserindo-o em práticas diárias, como brincadeiras, leitura e música (leia o projeto institucional na página seguinte). “O convívio cotidiano é a forma mais eficaz de trabalhar comportamentos e atitudes”, diz Daniela Alonso, psicopedagoga e selecionadora do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10.

Para conseguir isso, uma providência essencial é adquirir materiais didáticos que valorizem as diferentes raças, pessoas com deficiências físicas e mental e mostrem meninos e meninas em posição de igualdade. Ao comprar instrumentos musicais, contemple os de diversas culturas. No caso de brinquedos como bonecas, já existem lojas que se preocupam especialmente em privilegiar a diversidade. A compra de livros pode ser mais difícil: uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas que analisou 33 obras de Língua Portuguesa só encontrou duas meninas não brancas nas ilustrações. Entretanto, a busca criteriosa e a leitura prévia costumam resolver o problema. Se a turma já estiver em fase de alfabetização, o Guia Nacional de Livros Didáticos, do Ministério da Educação, é a melhor referência – ele garante que as obras recomendadas não contêm situações de discriminação. Não se pode esquecer que os pequenos aprendem com o exemplo dos adultos. Pensando nisso, a direção da EMEI Aricanduva, em São Paulo, capacitou a equipe para lidar com a diversidade. Antes, só algumas professoras trabalhavam a questão, por meio de projetos específicos. Hoje a diversidade é contemplada em todo o currículo. “Um resultado prático é que, agora, crianças negras que se retratavam como brancas nos desenhos passaram a usar lápis marrom e preto”, comemora a coordenadora Cleide Andrade Silva.

Quer saber mais?
Contatos:
EMEI Aricanduva, Av. Olga Fadel Abarca, 21.500, 03572-020, São Paulo, SP, tel. (11) 2723-7527 Lucimar Rosa Dias, lucimarceert@uol.com.br

Bibliografia
Trabalhando a Diferença na Educação Infantil, Valter Roberto Silvério, 127 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-17-2002, 25,50 reais

Internet Guias de Livros Didáticos PNLD 2008 do Ministério da Educação

PROJETO INSTITUCIONAL - Diversidade no dia-a-dia

Objetivos
• Trabalhar a questão da diversidade diariamente em sala de aula.
• Construir identidades raciais e de gênero positivas.
• Estimular o respeito às diferenças.
Anos: Pré-escola.

Tempo estimado: O ano todo.
Material necessário: Livros, CDs, DVDs, brinquedos e instrumentos musicais.

Desenvolvimento
• 1ª etapa
No momento da aquisição de materiais didáticos para a turma, selecione itens levando em conta se eles promovem a igualdade entre negros e brancos, homens e mulheres, pessoas com deficiência e grupos de diferentes culturas.

• 2ª etapa
Para que a postura em casa ajude a iniciativa na escola, envolva os pais no trabalho. Organize uma reunião com eles para explicar a importância de abordar a diversidade no dia-a-dia. Estimule que cada um faça um exame crítico de seu próprio comportamento, refletindo sobre como isso influencia os pequenos.

• 3ª etapa
No convívio com as crianças, ao notar manifestações de preconceito, intervenha mostrando a importância do respeito às diferenças e da autoaceitação. Uma boa estratégia é apoiar-se nos exemplos trazidos pelo material selecionado.

Avaliação
No diário de classe, crie um espaço para o registro do comportamento em relação às questões de raça, gênero e deficiência. Considere também a produção da turma (desenhos, cartazes etc.) para identificar os que precisam de apoio para aceitar sua identidade e a dos colegas.

Consultoria:
Lucimar Rosa Dias, pesquisadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, em São Paulo.




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